domingo, 20 de janeiro de 2013



 
   

       
     

                 
    • Crie o seu próprio mapa de viagens.

    •  




      domingo, 22 de fevereiro de 2009

      A espera



      Não sei se foi rápido demais ou se foi lento que só me dei conta quando já era tarde. Ou será cedo? Aquele beijo, na cobertura do ponto à espera do ônibus que a levaria, me causaria tamanha alegria que nunca calculei os sentimentos que causariam à ela. Meiga, sensível, olhos profundamente verdes e sentimentos que transpiravampor sua alva pele. Mas sabia completamente dos seus defeitos, que anos ou até meses antes eram compartilhados pelo meu amigo da infância, juventude e adultice. tinha plena convicção de tudo que aquela mulher faria com minha cabeça e meu coração, que cultivaria o pior dos sentimentos e que tempos depois o ódio seria uma lembrança marcante. Ainda assim, voltei-me aquele rosto cativante e dócil e permiti abraçar e sentir seu corpo como jamais tinha feito.Penso se issoé absurdo demais para ser vivido ou se é surreal demais somente para ser lembrado. Enfim, esqueço todos os defeitos de minha mais nova boneca de louça e penso em quando compreenderei toda a sua complexidade digna de qualquer arquétipo. Quanto ao resto, não me importo com nenhuma palavra jogada ao vento.

      Bestialidade




      Quem nunca se apaixonou, possivelmente não é um ser desse planeta. Agora quem nunca se curou é digno de exilar-se em Capela. Geralmente esse fato acontece de maneira abrupta, inesperada, quase como um infarto fulminante. A vítima geralmente goza de um grande juízo, razão e bom senso. Acha tamanha burrice se entregar para outra. Porém, quando se encontra no ápice desse pleno sentimento que contamina o plano das idéias, eis que surge....


      Devastador.... Não há clareza em todos os sintomas, mas creio que o mais comum é a perda dos sentimentos que citei anteriormente. O pior é que a vítima afirma que "achava" burrice mas que é completamente diferente e que bom senso e razão não são importantes assim.Ahh, quando a vítimapronunciar isso, nada mais é necessário fazer, pois toda a Bestialidade fará parte integralmente do cotidiano desse ser.Pronto, aí está alguém que se tornouu um ser digno dese planeta.A cura par aesse mal? Não sei. Ainda estou pesquisando.

      Páginas Viradas



      A vida sempre nos é apresentada de forma simbólica, utilizando exemplos concretos para que não deixemos de compreendê-la. Comparar a vida com um livro, acredito que virou um clichê, mas irei utilizá-lo para expressar o que sinto agora. O livro começa pela capa e esta é tão importante pois provoca o leitor, é a primeira impressão, o visual, o que atrai, enfim a aparência. Algumas são sérias, outras de aspecto grosso, outras tão amáveis, mas o que se sabe é que sempre guardam boas histórias para contar. A primeira página? Bem, ela é a capa mas sem muitos detalhes, talvez com a intimidade já não seja tão necessário o visual. Aparecem os agradecimentos que geralmente fazemos para aquelas pessoas que jamais irão nos abandonar, a introdução que nada mais é que uma forma contida de mostrar-se a que veio ao mundo, o índice pode ser comparado aos objetivos, passo a passo o que você planejou e que embora nem sempre dê certo, ao menos tentou. Inicia o conto, a crônica, a poesia ou outro gênero que prefira mais. Aparecem os personagens, o enredo, os fatos surpreendentes e aqueles que não fogem do previsto, arquétipos se misturam aos tão estereotipados. Mas o livro é grande, ou talvez fino, para tanta coisa pensada, vivida e sentida. Penso na dor que sinto ao virar a página. No capítulo que deixarei, nas pessoas que não levarei e nos momentos que terei apenas que lembrar. Fico pensando se isso é justo, se não pode haver espaço para a nostalgia, mesmo que ainda em plena vida. Virar a página? E agora ter de começar em outra totalmente branca, leitosa? Me sinto quase em um ensaio para a cegueira. Mas quando viro, percebo que não é tão ruim, todos devem ser felizes e o enredo cotidiano pode ser muito maior. As pessoas não passam e simplesmente se vão. Elas sempre ficam na página anterior. Quem sabe não aparecem em outro capítulo?

      sábado, 14 de fevereiro de 2009

      Chapeuzinho Verde cap 1


      Depois de quase um ano congelado, retiro inspirações para continuar escrevendo esse "Conto de Fadas"


      Há muitos e muitos anos à frente , na época que os animais e nem as pessoas falavam, havia uma cidade cinza e reta. Nesta cidade os prédios eram muito altos, não existia o que hoje chamamos de casa. Não havia espaços públicos como escolas, parques, shoppings, cada um ficava em sua casa, quer dizer, em seu apartamento. Em cada apartamento havia o essencial para a vida das pessoas:telas quadradas ou retangulares de todos os tamanhos, que lhes permitiam fazer tudo. E quando eu digo fazer tudo era tudo mesmo: comprar, passear, jogar, conversar, ir ao enterro, ir ao aniversário, fazer uma consulta médica e tantas outras coisas. As pessoas dessa época contavam o tempo de forma diferente. Pensavam que suas vidas só tiveram sentido quando um aparelho inovador surgiu, logo esse acontecimento virou o Marco Zero da existência humana e então começaram a contar o tempo como a.C. e d.C..Sim!!!!!! Antes do Computador e depois do Computador.O contato virtual era o bastante em todos os níveis de relacionamento. As pessoas se conheciam pelas telas, namoravam e às vezes até se precisava falar era só 'tc'. 'TC' era teclar.'tb' era também e 'vc' era você. E muitas outras palavras foram modificadas, nossa língua materna tinha se modernizado. Em um desses apartamentos de um desses prédios retos e cinzas havia uma garotinha de mais ou menos 6 anos. Ela tinha aprendido a ler por meio de alguns softwares e logo se rendeu as maravilhas das telas variadas. Seus pais viviam ocupados trabalhando e se divertindo na internet e de vez em quando observavam se a pequena estava bem. Um dia, a pequenina desligou sua tela e observou um reflexo. A janela estava aparecendo na tela, resolveu então olhar a janela e percebeu uma luz muito diferente.

      terça-feira, 27 de janeiro de 2009

      S/ título, 2007 - Mdf, acrílica, porcelana



      Enfim, existimos. Tantas coisas construídas, tantos conhecimentos estabelecidos, tantos valores agregados, tantos luxos e lixos. Tantas formas de ser eu e uma única forma de sermos nós. É, mal existimos e temos caminhos a seguir, regras a cumprir, contas para pagar e nunca nos perguntamos, como será que isso foi antes? A curiosidade não é mais infantil, pois tudo é tão pronto que não há o questionável. Incrivelmente as pessoas acreditam que tudo já está acabado muito antes do seu início. Precisamos desconstruir, invadir, quebrar e perceber cada parte que monta o todo. Afinal, para que serve uma xícara que vem na revista?

      Todo começo é difícil !!!!!!!!!!!!!!



      Tudo começou, para variar, no ambiente de trabalho, onde o Luis, meu chefe, entregou -me uma senha de um blog (fulvioabramo.blogspot.com) para colocarmos nossos trabalhos, concursos e novidades da escola. Tudo obviamente, começando pelo windows explorer!!!!!!!! Meu chefe queria que a Ana Maria e eu cuidassemos do blog em parceria com ele, lógico. Gostava de postar coisas novas e entrei em blogs conhecidos como o do Mael (semtododosentidodomundo.blogspot.com) e o da Aline ( coletivolapanela.blogspot.com) . Pensei em fazer um também mas do pensamento à ação demorou um pouquinho cerca de uns quatro meses... E agora pretendo que este seja um espaço para mostrar e discutir imagens, incluir projetos, enfim de tudo um pouco.